1/7/2016
Recuperação da camada de ozônio
Os cientistas obtiveram provas de que a camada de ozônio está se recuperando. Desde 2000, quando alcançou seu máximo histórico (25 milhões de quilômetros quadrados), o buraco reduziu-se em quatro milhões de quilômetros quadrados, quase meio Brasil.

Os pesquisadores também apresentam indícios de que a principal causa da recuperação foi o protocolo de Montreal, ou seja, a proibição dos compostos orgânicos clorados (clorofluorcarbonos, CFC) que eram usados na limpeza a seco, na refrigeração e em sprays. A substituição desses compostos por outros foi, portanto, de importância capital.

Também há fenômenos naturais que danificam o ozônio, como a temperatura nas camadas elevadas da atmosfera e, sobretudo, as erupções vulcânicas. Isso complicava muito as medições até agora. De fato, o aumento no buraco do ozônio que foi registrado em outubro passado se deveu, pensam agora os cientistas, à erupção do vulcão Calbuco, no sul do Chile. Os vulcões não emitem CFC, mas sim uma grande quantidade de pequenas partículas que sobem à atmosfera e favorecem as reações que destroem o ozônio.

Susan Solomon, geóloga do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), pioneira nas pesquisas sobre a destruição do ozônio, há 30 anos, apresentou os resultados na Science com colegas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica, de Boulder (Colorado), e da Universidade de Leeds, no Reino Unido. O trabalho combina observações por balões e satélites com avançados modelos matemáticos.

Fonte: El Pais
 
 
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