12/8/2010
ABNT NBR 15.575

Com a publicação da Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios – ABNT NBR 15.575, válida desde maio último, os escritórios de arquitetura, engenharia e fornecedores em geral começam a se preparar para a nova realidade que deve se estabelecer em um futuro breve no mercado da construção civil.

A NBR 15.575 deverá se constituir na grande referência técnica necessária para a avaliação de novas tecnologias aplicáveis à construção habitacional. Os sistemas que compõem os edifícios, como as instalações hidrossanitárias, estruturas, pisos, fachadas e coberturas, dentre outros, terão de atender obrigatoriamente a um nível de desempenho mínimo ao longo de uma vida útil. “Chegou a regulamentação da ABNT, mas já estamos trabalhando nessa realidade desde o ano passado. O ponto positivo disso para o mercado e para os clientes é a segurança de um projeto alinhado às normas, e maior durabilidade e lucratividade no investimento em imóveis”, afirma Paulo Segall, diretor executivo da Trie Arquitetos Associados.

Tal como a estabilidade financeira é recente, o Brasil passa agora a conhecer o que já era praxe no mercado internacional de arquitetura e construção. A Norma de Desempenho da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) entrou em vigor no último 12 de maio, mas, na prática, começa a valer somente para projetos protocolados a partir de novembro deste ano. As mudanças de comportamento corporativo atendem a padrões de qualidade, visando a expansão do mercado e oferecendo ao consumidor final maiores garantias para o imóvel adquirido. “A consequência da aplicação da norma é criar sustentabilidade a um setor em profunda transformação”, observa Segall.

De acordo com a NBR 15575, torna-se obrigatório a especificação de cada item envolvido no projeto. A partir disso, por exemplo, o projetista deverá informar a vida útil dos materiais a serem utilizados, da fachada do edifício, de uma porta, e até o sistema de vedação. “Aumenta a responsabilidade dos escritórios de arquitetura, ao passo que o incorporador terá a garantia de um resultado com ainda mais valor agregado”, ressalta o Diretor de Operações e Gestão de Projetos da Trie, Amaury Massaru Mavatari. “Os imóveis que atenderem a essa norma terão uma vida prevista de pelo menos vinte anos sem necessidade imediata de manutenção. Sustentabilidade e economia são a palavra de ordem. Diante dessa novidade, o entendimento e preparação dos profissionais de arquitetura é fundamental”, conclui.

Fonte: ABNT

 
 
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